Conte para o Intelecto

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sábado, 24 de agosto de 2013

Palavras Soltas

(André Vilela)

Das minhas palavras somente formam frases incompletas
Frases de ausência de sujeito e orações não concretas
Os verbos se confundem em pretéritos inconjugáveis
E a sintaxe no fio da espada decapita as sonâncias indesejáveis

Os advérbios causais portanto são fatos feitos para esquecer
Uma sinonímia débil, uma proparoxítona que faz enfraquecer
A sinestesia do amargo gosto que carrega as lembranças
Confirmando a velha antítese, desconfie da sua confiança

Palavras soltas, palavras diretas, palavras indiscretas expressam aliteração
Mas minha voz é reflexiva, onde cala-se o sussurro da desilusão
Contudo as conclusivas, palavras soltas são sem razão

quarta-feira, 26 de junho de 2013

ORDEM E PROGRESSO



(André Vilela)


A cegueira e a mudez do povo brasileiro foram rompidas
Em formas de luz e coro de liberdade tomaram as avenidas 
A inércia diante da situação corrupta fez-se um movimento
Nos corações desiludidos brotou um imenso avivamento 

Avivou-se em nós o desejo de Ordem e Progresso
O desespero por o fim desse retumbante retrocesso
Avivou-se a geração que não foge da luta por nada
E que só quer que o Brasil seja realmente Terra adorada

Queremos apenas a transparência do penhor da igualdade
Um basta absoluto na epidêmica impunidade
Cessando toda raiz da nossa indignação 
Sobrevindo raio fúlgido da esperança nessa nação

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Qual é?


(André Vilela)

Qual é dessa vontade de ficar colado?
De querer pegar sua mão quando está ao meu lado?
Qual é dessa vontade de sentir sua respiração?
E de só te ver descompassar meu coração?
Qual é?

Qual é dessa ansiedade de te ver o quanto antes?
E de não conseguir ficar distante em nenhum instante?
Qual é dessa de fechar os olhos e te imaginar?
E sono contigo sonhar?
Qual é?

Qual é dessa vontade de te proteger e dar cuidado?
E de querer ficar abraçado?
Qual é disso que estou sentindo?
Porque vivo sorrindo?
Qual é? 





quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Conviver


(André Vilela)

De um sorriso simpático nasce uma admiração
De uma admiração nasce um querer
De um querer nasce uma paixão
De uma paixão nasce o conviver

Conviver é o namorar parar se conhecer
Conhecer qualidades e defeitos e não apenas beijar
É a conexão de sentimentos a viver
Namorar é o conhecer para se casar 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Lagoa.


                                                                                      (André Vilela)


Acreditei no amor então
Foi pior que a ilusão
Com gosto de indignação
Um tapa na cara da emoção

Me rendi á toa
A conseqüência não foi boa
Afundou a canoa
Não soube nadar naquela lagoa


Jurei carinho
Acabei sozinho
Me furei com espinho
Mas to vivinho 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Quero dizer

 









(André Vilela)

Quero te dizer
Assim bem de pertinho
Com todo meu denguinho
Que meu peito palpita forte ao te ver

Moça a beleza que lhe pertence é sensível
Teus olhinhos são como de uma criança inocente
Que vem a minha mente a ficar permanente
A infinitude do teu coração é intransponível

O jeito que você faz careta e sorri
É devastador para meu coração
Creio com toda e maior razão
Que atoa eu não te conheci

Tão suave é tua maneira de falar arrastado
Que funda nos meus ouvidos
Rouba todos os meus sentidos
Que posso perder horas só te ouvindo, sem ser escutado


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Batom vermelho.




(André Vilela)

Sei que você se perde em horas no espelho
E me enlouquece com seu batom vermelho
Não me diga o contrário amor, você é linda sim
E sabe bem que eu te gosto assim, que estou afim

Afim do tipo, quero você só pra mim
Hoje, amanha, domingo, sempre enfim
Agora amor, me mostra o que é bom
Vamos esquecer o mundo, e borrar seu batom